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tricotando

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Em 2009 (há sete anos!), um grupo de amigas juntava-se à volta de uma mesa para aprender a tricotar meias. Quem ensinava era a Zélia e a aula estendeu-se de manhã à noite, no meio de boa conversa, boa comida, boas pessoas. Custa a crer que já se passaram sete anos! Sinto saudades de muitas daquelas mulheres.
A verdade é que não pratiquei o suficiente para perder o medo das cinco agulhas. Mais uma vez, não acredito que se passaram sete anos. Mas não me dei por rendida. Eu hei-de aprender a fazer meias. Por isso inscrevi-me num workshop na bonita The Craft Company, desta vez para aprender a tricotar as meias com a técnica do magic loop. 
Já em casa, a preparar o trabalho para a aula seguinte, atrapalhei-me um pouco e acabei por desmanchar. Esta técnica permite fazer as duas meias ao mesmo tempo, o que é perfeito, mas por agora, que ainda estou a dar os primeiros (segundos) passos, fico-me por uma de cada vez. Está cheia de imperfeições, coitada, mas já a vejo como a minha meia preferida para todo o sempre.

A Terapia do Tricot já chegou cá a casa e mal posso esperar por começar a trabalhar com ele! :)



o homem que plantava árvores



Esta semana dei por mim a comprar uma mão cheia de livros. Tinha prometido a mim mesma que não compraria (nem sequer traria emprestado) mais livros antes de ler todos os que tenho. Pois. Mas a verdade é que os gostos mudam connosco, e ainda bem, e a vida é curta demais para nos impormos tantas regras, ainda que certíssimas. 
Noto que deixei de ter paciência para muita coisa - são os 40 a bater à porta - e no que toca a livros, também. Gosto de contos, que me cativem logo, que me levem em pouco tempo para um lugar só nosso, tão directos quanto profundos, inspiradores. Se me conquistarem, leio-os de uma ponta à outra, chego ao fim e volto ao início.  Foi o que aconteceu com " o Homem que Plantava Árvores". Comprei-o para o M., que lia muito até lhe chegar um telemóvel com acesso à internet às mãos - dilema dos nossos dias, creio não estar sozinha nisto - na esperança de, por ser um livro que se lê facilmente de uma só vez, ele não o pôr de lado, à espera. Eu já o tinha lido duas vezes, e ele, leu-o logo naquela noite. Não teve o mesmo impacto nele que teve em mim, claro, mas gostou e sei que um dia é capaz de o voltar a ler. 
Eu gostei muito. É uma história delicada, profunda, inspiradora. Curiosamente, tive que me certificar várias vezes de que o autor era francês e não japonês. Senti-me num velho conto oriental, como aqueles que lia em criança.
Encontrei este vídeo e achei que poderiam gostar. Bom fim de semana, com muitos livros por perto!



erva uma vez

erva uma vez erva uma vez erva uma vez erva uma vez erva uma vez
Este livro é tão bonito. Ouvi dizer no outro dia que é o livro de culinária do ano. Eu discordo, acho que é um dos livros de culinária de sempre. Acho mesmo que marca um novo capítulo na história dos livros de culinária do nosso país.
É um livro que enche as mãos, dá gosto segurar. Enche os sentidos, enche a alma. Não o consigo pôr na prateleira dos livros de culinária, ele é muito mais que todos os outros. Talvez vá para a mesinha de cabeceira, é lá que estão os livros para inspiração.
É filho da querida Patrícia Vilela, que me apanhou de surpresa e me comoveu com este seu texto sobre o Alecrim:

"Há palavras assim, que nos inundam. A-leeeeee-crim! Do quintal da avó, sempre fresco e frondoso, usado à porta de casa para receber o compasso. Alecrim que rapidamente emigrou para as assadeiras, para o pão. Alecrim de Maria Alecrim, o nome da filha de uma amiga que me fez sorrir de imediato, tamanha é a doçura que o preenche." 

É, mais que tudo, um trabalho feito com muito amor, um amor grande que se transformou em trabalho, e isso nota-se em cada página.
Era eu poder e oferecia-o a toda a gente que conheço. 


Malhas Portuguesas

Malhas Portuguesas de Rosa Pomar Malhas Portuguesas de Rosa Pomar Malhas Portuguesas de Rosa Pomar Malhas Portuguesas de Rosa Pomar

O livro mais bonito do momento. O livro que faltava a Portugal, país rico em tradição artesanal que tem esquecido e desprezado este grande património das malhas portuguesas. Hajam pessoas como a Rosa Pomar que dedicam grande parte do seu tempo a investigar, a recolher, a valorizar e a divulgar esta nossa herança cultural que não pode, de forma alguma, perder-se no tempo. 
Para além de um livro de História é também um manual que ensina a fazer malha, com instruções fáceis de seguir - em português, o quanto esperei por isto!- e ilustrações intuitivas da Rita Cordeiro que permitem a qualquer um executar as peças tão bonitas aqui apresentadas de inspiração tradicional com um toque contemporâneo e muito - muito - português.
Sinto orgulho neste livro. Mal posso esperar por começar uma manga minderica, a minha favorita.

trocado por miúdos

Trocado por miúdos Trocado por miúdos Trocado por miúdos Trocado por miúdos

Um mercado organizado pela biblioteca onde as crianças foram convidadas a trazer de casa livros para vender e trocar. Uma excelente oportunidade para ensinar aos mais pequenos a vender, a comprar, a trocar e a limpar as estantes cheias de objectos que se calhar até já nem nos dizem muito. Assim, no lugar daqueles que já leu e não tenciona ler novamente, o M. trouxe para casa livros novos, que ele próprio pagou com o fruto das suas vendas. Saiu de lá já a pensar no novo mercado e nos livros que até então poderá ter lido para logo os trocar por novos. 
Um exemplo a seguir.

livros

novos livros em casa m m de mãos de mãe e de maria

Fui às compras à procura de umas calças e em troca voltei - como sempre - com livros.
Encontrei Uma Princesa do Pior, o livro sobre a princesa Maria, que deixou o seu enfadonho príncipe e foi feliz com o dragão. Já comecei a lê-lo à Maria, quero a rapariga livre e dona do seu nariz. 


uma princesa do pior uma princesa do pior

Já fazia falta uma história assim!

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency

The Complete Book of Self-Sufficiency


Este livro, comprado em segunda mão na Holanda - onde os livros em segunda mão são baratos e fáceis de encontrar -  tem sido uma grande companhia nos últimos tempos. É um livro maravilhoso escrito por John Seymour, uma figura influente do movimento da auto-suficiência.
Acabei por perceber que aquilo que sempre mais me interessou cabe dentro deste tema. O saber cultivar os alimentos, saber cozinhá-los, saber fazer a minha própria roupa, saber fazer brinquedos, o não desperdiçar, o reaproveitar, o reutilizar, o reciclar, o reinventar; o artesanato, a sabedoria popular, o viver uma vida simples porque a vida é isso mesmo.
Olhando para trás percebo que mesmo em criança era isto que mais me interessava: a vida em si e todo o conhecimento adquirido ao longo dos tempos para a saber viver. Ter sido adoptada pelos avós foi, com toda a certeza, decisivo para que tenha chegado até hoje como sou.
E como sou hoje? Hoje sou alguém que vive a sua vida com um propósito firme, com um horizonte em vista e que tenta não desperdiçar nem um momento dos seus dias. Estou a construir uma família cheia de amor e cumplicidade, onde espero que os verdadeiros valores da vida sejam ensinados e compartilhados, num lar caloroso e harmonioso onde todos têm o seu lugar e podem sentir-se verdadeiramente em casa. Sou alguém que tem algo a dizer, que tem muito a aprender e muito para fazer -  e é esse entusiasmo que me faz saltar da cama, sabendo e acolhendo a minha vida como uma pequena mas grande missão:  a minha missão.
Mesmo continuando a ser alvo de crítica daqueles que era suposto acarinhar qualquer decisão minha, eu sacudo a poeira e continuo em frente : aqui em casa somos felizes, a decisão de um de nós trabalhar em casa continua a ser a mais acertada, a nossa vida corre muito melhor assim e é isso e só isso que interessa.

Muitas vezes sinto necessidade de escrever mais sobre o trabalhar em casa mas acabo por não o fazer porque ao que parece é um tema muito delicado, pelo menos no nosso país. Mas isso vai mudar. Vou escrever mais e vou partilhar mais porque há necessidade de mudar mentalidades e ajudar quem quer mudar de vida e não sabe como. Há mudança no ar, os blogues vieram dar voz a muitas pessoas que têm algo a dizer. Há milhares de pessoas à procura de um caminho novo, procurando nesses blogues inspiração e alento enquanto os governos, as escolas e os meios de comunicação continuam a nada fazer para alimentar essa necessidade de mudança. A vida está desequilibrada, só não vê quem não quer. Mas a vida somos nós que a fazemos e a mudança começa com pequenos passos. Os nossos passos.


na mesa de trabalho

gansos

gansos

kleine beer en zijn vrienden

kleine beer en zijn vrienden

kleine beer en zijn vrienden

Comprei este livro há um ano porque me apaixonei pela ilustração de Maurice Sendak. O facto de ter um filho a quem o ler foi uma mera desculpa - ambos sabíamos que o livro era mais para mim que para ele.

Esta semana pediram-me para fazer uma pregadeira. Eu nunca pensei em fazer pregadeiras. Sabia que queria fazer um animal e que teria que ser pequeno e assim acabou por nascer um ganso. Logo percebi que o ganso era grande demais para pregadeira mas já estava completamente envolvida no processo - desisti da ideia da pregadeira (pelo menos por enquanto) e resolvi continuar a trabalhar o ganso e dar-lhe coração de boneco.

Até agora, foram três dias de trabalho intenso e ainda não estou satisfeita. E apesar de todas as agulhas partidas, de dedos picados e dente lascado (tenho que deixar de puxar as agulhas presas com os dentes) não vou parar até achar que está um ganso.

Trabalho à mão é paixão, dedicação e muito, muito trabalho.


I bought this book a year ago because I fell in love with Maurice Sendak's illustration. The fact that I had a son to whom I could read it to was just an excuse - we both knew that the book was more for me than for him.

This week I was asked to make a brooch. I never thought of making a brooch. I knew that I wanted to make an animal and that it had to be small and so it ended up being a goose. Soon I found out that it was too big for a brooch but I was already deeply into the process - I gave up the idea of the brooch (at least for now) and decided to go on with working on the goose and give him the heart of a true toy.
Untill now, it has been 3 days of intense work and I'm still not satisfied. And despite of all the broken needles, pricked fingers and a chipped tooth ( I must stop pulling stuck needles with my teeth) I won't stop untill I think it looks like a goose.
Handwork is passion, dedication and lots, lots of work.


livros cá de casa

Textiles: a world tour

Textiles: a world tour

Textiles: a world tour

Textiles: a world tour

Textiles: a world tour


Andava a namorar este livro já desde o ano passado. A capa ligeiramente danificada deu direito a um bom desconto e assim já o pude trazer para casa. É tão bonito que apetece ler devagar, saborear cada página.

achados

Happy Days - Mijn vriendjes

Happy Days - Mijn vriendjes


A mala voltou cheia de livros. Lá fora encontram-se livros antigos a preço simbólico, daqueles que nos dizem "se não me levares agora nunca mais me encontras!"...
Este, por acaso, não é antigo. Saiu em 2003, embora a sua primeira edição date de 1958.
É bonito, disse-me que provavelmente nunca mais o encontraria, e do 1 euro que custava ainda lhe retiraram 50%.

Agenda do Lar




Um verdadeiro achado, a "Agenda do Lar - 1972", da Editorial O Século. Encontrei-a no meio de tantos outros livros, numa loja de artigos em segunda mão. Está como nova, sem qualquer rabisco ou cheiro.
Como agenda que é, vem repartida em meses, semanas e dias.
Cada segunda-feira é brindada com um "Rol da Lavadeira", onde se encontra uma lista exaustiva de todas as peças de vestuário a lavar naquele dia.
No fim de cada mês, encontra-se a " Estatística do Lar", onde se enunciam as despesas do mês e se podem comparar com as do mês anterior, calculando o " saldo em caixa para o mês seguinte".
Para além disso, umas páginas dedicadas às taxas postais dos correios, lista muito detalhada e informativa, onde fiquei a saber que na altura, as taxas postais para Espanha e Brasil eram iguais às do serviço nacional.
O preço que me custou? 0,50!

Parque das Penhas da Marmeleira


O campo mesmo aqui ao lado.
Um parque recém-inaugurado, inserido numa zona que já faz parte de mim.
Aconselho vivamente. Em Murches.


eu respigo



Carregar um saco cheio de livros encontrados na rua debaixo de sol ardente é para mim um prazer enorme.

... e ainda



Não posso esquecer de mencionar este lindo colete que encontrei na Feira de Artesanato do Estoril. Foi uma felicidade encontrar, no meio de tanto não-artesanato, este espaço. O colete é simplesmente lindo, executado com rigor e muito bom gosto, com aquele ar rústico de que tanto gosto! O senhor ainda me ofereceu uma pregadeira feita em burel, também ela muito bonita, que veio completar o look final.

E este livro que me chegou, mais uma vez, pelo correio! Que feliz é a minha caixa de correio! Muito obrigada, Ana, por coincidência, a história começa na cidade holandesa onde vivi!


E duas novas almofadas que , modéstia à parte, acho que estão mesmo bonitas. O Miguel gostou tanto que as queria para ele... Vamos lá ver se lhe faço uma ainda mais bonita! Melhor ainda: vamos fazer uma almofada a quatro mãos!