" Nunca tive a noção do meu corpo, embora quando me olho ao espelho não torça o nariz. Talvez gostasse de ter o peito maior, mas somos todas um bocado assim, não é? Malditas porn stars, que nos fazem sentir pouco poderosas só porque se apresentam todas siliconizadas. Não me posso queixar; tenho uma cintura estreita e umas boas pernas. O rabo é pequeno e empinado. Os braços são finos, as costas são direitas. Mas nunca me considerei uma bomba. E agora estou na cama com um homem muito mais novo do que eu, que diz que sou melhor do que as míudas. Isto faz qualquer mulher feliz."
Não fosse a repugnância que a Margarida Rebelo Pinto gerou em mim com as poucas palavras que lhe consegui ler, continuaria a sentir-me frustadíssima com a pessoa que me ofereceu este "Português Suave". E porque sei que a sua intenção era boa, desculpo-lhe ter escolhido um livro pela capa. Mas não me conformo. Com tantos interesses que tenho, com tantos livros cá em casa que espelham aquilo que gosto, como é possível conhecer-me tão mal?
Para que tal episódio desapareça de uma vez da minha vida, preciso fazer uma coisa:
Assim tenho mais espaço para coisas bonitas.
9 comentários:
Olá V.,
Esta é a tentativa de comentar alguma coisa no teu blog. quanto ao livro... bem apenas mas uma manifestação do Prêt-à-Amizé em que vivemos. Escolhemos tudo por aspecto e nada pela essência.
Não dramatizar, é aquilo que nos pode salvar da loucura quotidiana, que nos enlaça e nos embriaga!
Beijos para ti, para o R. e para o M.
P.
E não esquecermos a nossa essência no meio de tanta loucura..! Mas nem tudo é mau, há que cultivar o que tem realmente valor. Obrigada pelo comentário, vale sempre a pena tentar :) Um abraço*
Ouçam lá....... a frase "nunca se deve escolher um livro pela capa" é uma facada no coração de qualquer designer!! hahahaha então andam os gajos a tentar fazer coisas boas e bonitas e depois ouvem isto?? mas no caso da margarida rebelo pinto, acho q devia haver uma lei que a proibisse de ter um bom designer a trabalhar para as capas dos seus livros! e esse... apesar de ter adorado o statement q fizeste com a foto... não se deitam livros fora... oferecias a... bom, podias vender na feira da ladra ;) bjinhosssssssssssss para o meu amor tb que finalmente tem um comentario no blog!
Ahhh... agora sei quem é o senhor anónimo!
Pois é, passadas umas horas arrependi-me e tirei o livro do lixo. É que para mim um livro é um objecto sagrado. Ainda não sei o que lhe fazer. Mas soube bem. :)
Sagrados somos nós... humanoídes. E esses quando os pomos no lixo, já não vamos lá recolhê-los.
Hoje estou ainda com o azedo do dia. Pode ser que passe...
Beijinhos para a V. e para a Bú
P.
Saiu do lixo mas não foi para a estante. Está a espera da sua sentença. Podemos inventar-lhe utilidades! Bora? Para passar o azedo :)
O livro "A Casa Quieta" de Rodrigo Guedes de Carvalho faz de base para os copos de água na minha mesinha de cabeceira. A capa é em tons de castanho e laranja, condiz com a colcha. O conteúdo não condiz com nada, não condiz comigo.
É uma ideia.
Já pensei nisso mas ainda não me satisfez... no entanto...
também tinha cá por casa um livro da margarida rebelo pinto (nem sei qual era). nunca o li e nem sequer o abri. não foi para o lixo, libertei-o. e alguém o agarrou. ;)
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