do paraíso perdido



A experiência da infância persegue as pessoas inteligentes ao longo das suas vidas. Elas têm o desejo de a recuperar - a mesma inocência, o mesmo deslumbramento, a mesma beleza. (...)
Não é por coincidência que todas as religiões do mundo retêm em parábolas a ideia de que o Homem viveu em tempos no paraíso e, por qualquer motivo, foi expulso de lá.(...)
A procura do paraíso é a procura da nossa infância.(...)
Embora a sociedade destrua a inteligência, não o pode fazer totalmente; ela limita-se a encobri-la com muitas camadas de informação. (...)


(...) A aprendizagem não equivale a ter conhecimentos. A aprendizagem passou a ser demasiado identificada com o ter conhecimentos, mas é o oposto disso. Quanto mais conhecimentos uma pessoa tem, menos capaz é de aprender. Daí as crianças serem mais capazes de aprender do que os adultos. E se os adultos também quiserem manter a atitude de aprendizagem, têm de continuar a esquecer aquilo que aprenderam. (...)
A aprendizagem só acontece quando há espaço para isso. A criança tem esse espaço. essa inocência. (...) A educação é uma ponte entre a potencialidade e o mundo concreto. A educação existe para nos ajudar a transformarmo-nos naquilo de que somos apenas semente.
(...) O que está a ser feito nas escolas e nas universidades não é educação. Essa educação apenas nos prepara para arranjar um bom emprego, um bom salário: não é educação a sério. Não nos dá vida. Pode dar-nos um melhor nível de vida, mas um melhor nível de vida não é um melhor padrão de vida: as duas expressões não são sinónimas.


in Osho - Uma Visão Revolucionária da Educação Infantil, Ed. Pergaminho

Para os interessados, em especial à Maria, recomendo uma vista de olhos pelos Livros de Osho. Perdoem a minha insistência mas a verdade é que não me canso de os folhear.

1 comentário:

Virgínia disse...

Maria, porque não sei se consigo publicar apenas metade do seu comentário, como me pediu, fica guardado só para mim... está bem? Eu procurava falar com a directora da escola, e com outros pais - não desista. Quanto ao livro, é de um filósof indiano dos nossos tempos, tão rebelde quanto lúcido que me traz lufadas de ar fresco sempre que o leio. Na verdade ele não escreveu um só livro, acreditava na palavra falada, mas das suas palestras nasceram mais de 600 livros.
O meu email está algures na loja do blog - depois quero saber o que achou do livro! Beijinhos à mãe e à filha :)