Há quem as escreva, há quem as receba, há quem as coleccione, há quem as deseje e não as tenha.
Eu vejo cartas de amor por todo o lado. Acredito que neste mesmo momento, se olhar à sua volta vai encontrar umas quantas - escritas, desenhadas, rabiscadas, fotografadas, sussurradas, caminhadas... Basta ficar atento!
Esta veio até mim como comentário a um post no blog e hoje encontrei-a, guardada numa gaveta virtual.
***
"Olá Gininha,
Pareces frágil, és frágil, mas és uma lutadora. Com muitas dúvidas,
medos, fraquezas mas forte.Tenho muito orgulho em ti. Admiro o teu grande amor
de mãe. Sei que é daí que tiras a tua força e por ele que tudo fazes. Sei quanto
custa. Sei quanto vale a pena. E agradeço a Deus que esse "milagre" tenha
acontecido para te recompensar.E com isso ajudar também a que a felicidade do
nosso querido menino (que eu também amo mil milhões)seja mais forte. E
recompensar também o teu marido (que tanto orgulho sentiu quando tu disseste "O
meu marido"). Mas é mesmo assim, o amor, e só o amor, faz sempre milagres,
embora leve tempo. Por isso, mesmo cansados, devemos continuar a lutar. Não te
esqueças que existem as recaídas,já sabes que sim, o que não quer dizer que o
milagre desfez-se, só que somos humanos.O Rob também é um lutador, com os seus
defeitos, o seu amor é verdadeiro,
talvez até incondicional, como o teu amor de mãe. Por isso também o admiro; não
se encontra muito facilmente esse amor de marido. Felizmente que conseguiste
encontrar felicidade junto desse amor.Uma mãe nunca deixa de pensar no filho e
por isso acaba por se por em último lugar, mas nunca deve esquecer que tem
direitos, que o seu filho não lhe tira esses direitos e que todo o amor
utilizado na procura da felicidade desse dito filho terá sido em vão e o deixará
infinitamente magoado, culpado e infeliz, se ele pensar que "por sua causa",a
mãe não viveu a vida que queria. Concordo com o que ouvi uma vez: uma mãe
infeliz não serve de nada a um filho. É essa a grande missão dos pais: ensinar
os filhos a serem felizes. Todo o amor, a educação, os cuidados, o esforço, o
carinho, deverá ter esse fim. A felicidade é uma coisa simples, a sociedade é
que a transformou numa coisa inalcansável, ou de objectivos falsos. A nossa
felicidade não pode depender dos outros, seja visto de que prisma for. A
felicidade está em saber aproveitar os outros enquanto eles simplesmente nos
acompaham ao longo da nossa caminhada, dando-lhes o nosso amor ( na prática e
como eles precisarem) e recebendo o amor deles, com alegria, intensamente e
agradecidamente. Que consigas fazer essa caminhada!
É o meu sincero desejo,
eu que tanta dificuldade tenho em fazer a minha caminhada, eu que nunca deixo de
pensar em ti, mesmo nos intervalos dos encontros, eu que também te amo muito,
embora muitas vezes não te tenha dado esse amor e até tenha parecido que não o
sentia.
Obrigada pelo teu amor, por mim e por nós todos.
Parabéns também
pelo teu blogue e pelos teus trabalhos.
Que os deuses protejam sempre a minha
querida sobrinha,a primeira, a minha afilhada, que ía sempre me acordar, pela
mão do avô Zé."
***
(D. Isabel, condessa de Subserra e filha, Maria Mância por Domenico Pellegrini )
5 comentários:
A minha mãe também é Gininha para a mãe dela (a grande avó Lia) e para os familiares que "nunca a promoveram" a Gina. Ela também é Virgínia e também é mãe. Talvez por isso, ainda de me dê mais prazer ler o BLOG e o facebook.
Adorei a iniciativa do Domingo :)
Obrigada mil milhões ^_^
Ana Rosado
:) eu serei sempre Gininha :) Um dia poderão chamar-me avó Gina, como eu chamava a minha.
Um beijinho!
Que lindas e sábias palavras. Obrigada por partilhar.
Que iniciativa tão bonita :)
E a minha mãe já é a avó Gina dos seus 3 netinhos. E uma avó muito feliz! ^_^
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